quarta-feira, 23 de maio de 2007

Vou contar um segredo:

...por causa da falta de tempo de ambos os postadores (ai!), o Vaca Zen(-vergonha) resolveu pinçar um velho post do meu blog anterior, o Smokey life e republicá-lo aqui. Mas, como tudo acontece por acaso, como acreditam Almodóvar e Paul Auster, ele escolheu justamente o que fala sobre a impermanência, isso na véspera do aniversário de Buda Shakyamuni, comemorado hoje pelos budistas. Aliás, estamos próximos da chamada Blue Moon (quando o mês tem duas luas cheias), fenômeno raro. A segunda lua de maio acontece no próximo dia 31. Lembrei disso porque a simbologia do Buda está sempre ligada à Lua Cheia, tanto que na maioria das tankas ele aparece sentado na posição do lótus sobre dois discos radiantes: o sol e a lua, sendo esta a que ele toca com a ponta dos dedos em sinal de completo equilíbrio. Existe equilíbrio maior que o acaso?

Um comentário:

Anônimo disse...

Equilibrio maior que o acaso? Se pensarmos no que diz Einstein, parece mesmo que tudo eh determinado por causas, metafisicamente falando, acasos. Entao sua pergunta afirmativa aqui parece demonstrar o equilibrio exato de um gigantesco e perfeito relogio que nos rege, e nos impoe o acaso.

Mas isso se chama Determinismo. Se o acaso eh o equilibrio, a aleatoriedade idem. Dae se pode pensar que coisas acontecem por acaso e devem ser assim, sao mais importantes se forem assim, aleatorias.

Mas num jogo de dados, por exemplo, nao se trata de acaso e sim das PROBABILIDADES reais, multiplas, mas limitadas de resultados.

Ao se falar em seres humanos, penso que nao se pode afirmar que escolhemos totalmente, optamos sempre, mas tambem nao ha como afirmar que tudo acontece ao acaso.

Embora eu goste disso:

[E a primeira manha da criacao escreveu o que o ultimo crepusculo ha de ler - Omar Khayjam, Rubaiyat]