quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Thank you God

Um dia eu ouvi My Favorite Things com John Coltrane e decidi aprender a tocar sax tenor, apesar de, na sua versão ele a interpretar com o sax soprano. Peguei a indenização que havia recebido de um processo trabalhista contra a Folha de S. Paulo, dei uma pesquisada e comprei um Weril, para quem não sabe, o fusquinha dos saxofones. Entrei numa escola e estudei dois anos, cheguei a tocar a melodia de My Favorite Things e outras coisas mais. Depois, as contingências da vida interromperam a minha brilhante carreira e a minha pretensão de querer chegar próximo de Coltrane, aquele que molhou os pés nas águas do Divino, como diria o sábio Ramana Maharshi.
Coltrane fez da sua vida e do domínio do seu sax tenor (e por algum tempo o soprano, que havia ganho de Miles Davis ao sair do seu quarteto) o seu caminho espiritual. Isso de uma forma nunca antes arriscada por algum outro músico de jazz e, claro, em plena década de 60. O marco maior dessa transcendência musical é o clássico álbum A Love Supreme, espécie de suíte em quatro partes composta por Coltrane após passar por uma experiência de revelação. Lançado em 1965, o álbum se tornou mitológico e influenciou gerações inteiras de músicos de jazz , rock, pop, reggae, folk, etc etc. As quatro notas que são a base da suíte, tocadas pelo contrabaixo de Jimmy Garrison, foram usadas à exaustão nos últimos 42 anos em centenas de composições. Coltrane também inaugurou com o álbum o “jazz psicodélico”, que rendeu músicos como Pharoah Sanders, Alice Coltrane (sua mulher), Archie Shepp, etc. (Quer saber mais?)
Acabei de ler o livro A Love Supreme – A Criação do Álbum Clássico de John Coltrane, de Ashley Kahn, leitura não só para fanáticos como eu, mas imprescindível para conhecer a sua trajetória espiritual, concluída prematuramente dois anos após a gravação do disco antológico, por causa de um câncer no fígado. Assista Coltrane interpretando My Favorite Things (completo) e um raro vídeo de A Love Supreme (trecho). Tem também um ótimo post sobre o livro n’O Franco Atirador. Conselho: ouça mais de uma vez, pois ouvir também pode ser uma revelação...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Não nos deixe sós!!!!!!!!


Alôu!?
Alôôôôuuuuuu!!??
Tem alguém aí????
´Chuquinãoné???...

2008 começou faz um tempinho, esse ano a gente volta.
Muita coisa pra contar e mostrar, esse blog será ativo como poucos nesse mundo doideca!

Tem alguém aí???

Vaca Zen

PS. A foto ali em cima é do alemão Ralf Tooten, legal o cara.
E não, na foto não somos eu e o Smokey, apesar do shadu lembrar muito o Smokey. Peraí, agora eu fiquei na dúvida...